Alimentos Júnior Consultoria

Carne de laboratório nos supermercados?

A carne cultivada tem origem de uma pequena amostra de células extraídas de animais vivos sem trazer danos para o doador e, a partir disso é cultivada em laboratório para adquirir volume. Assim sendo, em condições controladas, essas células são nutridas e se desenvolvem. O resultado final é um conjunto de células musculares molecularmente muito similares  às que se compra em supermercados atualmente.

Mas afinal, por que o mundo precisa desse tipo de carne?

Além da questão das tendências vegetarianas e veganas que afloram na sociedade, o fato de os animais não serem abatidos reduz de forma significativa a necessidade terras, águas e insumos na agropecuária. Além disso, a redução dos gases de efeito estufa produzido pelos animais seria algo significativo. Ademais, o manejo de antibióticos, sobretudo para frangos, muitas vezes pode causar resistências microbianas. No entanto,em um ambiente controlado, sem manejo animal, tal como o para produção de carne cultivada, esse problema é inexistente.

Outro ponto importante a se considerar é a questão da demanda de proteínas por parte da população. Segundo Lorival Luiz, CEO Global da BRF em uma entrevista à CNN, afirmou: “Existe uma demanda crescente por proteína, uma demanda da população, e nós não temos dúvidas que esse produto será extremamente competitivo, sustentável, para atender toda a demanda que virá num futuro próximo”.

Além disso, alguns consideram essa questão como uma oportunidade, como o analista Cleber Soares, diretor de inovação do Ministério da Agricultura. “Em 2015, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) projetava que o mundo iria demandar em torno de 480 milhões de toneladas a mais de proteína de origem animal até 2050. Tem mercado para todo mundo. É preciso olhar tudo isso como oportunidade”.

Em outra via, para aqueles que pensam que esse assunto parece ser muito bonito na teoria, mas acreditam que a barreira tecnológica seja grande para a prática, existe um grande engano. Segundo o Canal Tech, A startup israelense Future Meat inaugurou a primeira fábrica de carne cultivada do mundo. A instalação, que fica na cidade de Rehovot, no distrito industrial de Israel, tem capacidade para produzir 500 kg de alimentos por dia, aproximadamente 5 mil hambúrgueres de tamanho médio saindo direto do laboratório. Enquanto que na agropecuária tradicional, o tempo de vida de um único bovino antes do abate é cerca de 18 meses.

Em questão de preço, o valor também já foi reduzido drasticamente. Em 2013 foi produzido o primeiro hambúrguer do mundo feito à base de carne in vitro pela empresa holandesa Mosa Meat em Londres, com um custo de 330 mil dólares em um período de três meses. Segundo dados da empresa Future Meat, o valor gasto para produção de peitos de frango é de menos de 10 dólares hoje em dia.

Mas afinal, quando esse produto chega ao Brasil?

Segundo uma reportagem da CNN Brasil, a carne cultivada deve chegar às prateleiras dos supermercados entre 2024 e 2025 por meio de uma iniciativa da BRF. A companhia brasileira possui uma parceria com a startup israelense Aleph Farm para dar prosseguimento a essa questão. Ademais, em questão regulatória, segundo o GFI (The Good Food Institute), sua filial brasileira organizou no final de junho de 2021 workshops sobre carne cultivada para representantes da ANVISA e do MAPA. Nesse processo, as associações regulatórias brasileiras conheceram e trocaram experiências sobre processos regulatórios em carne cultivada com representantes dos Estados Unidos, Europa e Singapura.

A conclusão em cima dessas questões, é que estamos cada vez mais próximos de consumir um produto que parece de filme de ficção científica. Mas eaí, você comeria carne de células?

Leia também sobre Produtos Clean Label, Tendência de Mercado

Por: João Valadão.

Revisado Por: Leandro Viana e Daniele Silva.


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Fonte imagem: Portal do Agronegócio

Fontes:

A explosão dos produtos orgânicos

Mas o que é um produto orgânico?

De acordo com o artigo 2° da Lei Nº 10.831 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003, considera-se produto da agricultura orgânica ou produto orgânico, aquele obtido em sistema orgânico de produção agropecuário ou oriundo de processo extrativista sustentável e não prejudicial ao ecossistema local, seja ele in natura ou processado. Estes, além de serem isentos de agrotóxicos, tendem a ser mais saborosos que os industrializados.

De acordo com ITAL, 2020 na Pesquisa do Brasil FoodTrends 2020, foram identificadas algumas preferências e tendências dos consumidores ao redor do mundo, que já estão refletindo nos hábitos de consumo de muitos brasileiros, estas foram classificadas em 5 categorias: Sensorialidade e Prazer, Saudabilidade e Bem-estar, Conveniência e Praticidade, Confiabilidade e Qualidade além de Sustentabilidade e Ética.

Com isso,o mercado de produtos orgânicos viu crescer seu potencial, uma vez que os consumidores estão mais preocupados não só com a saúde e bem-estar, mas também com a sustentabilidade, ficando em segundo plano o preço dos produtos orgânicos.

Outro fator que tem ajudado muito esse mercado a crescer são os incentivos, sendo estes oferecidos tanto aos agricultores, que estão começando sua produção, quanto para os que já tem uma produção não orgânica e querem fazer a transição para a mesma.

Leia também nosso conteúdo sobre A Importância da Regularização de Alimentos Artesanais

É fundamental a adequação e regularização devido às exigências legais destes produtos para a comercialização, ampliando ainda mais esse mercado. Além disso, a obtenção de selos e certificados, que comprova a qualidade, origem e a denominação de orgânico ao produto, também vai possibilitar a entrada do mesmo em nichos de mercado, que estão dispostos a pagar mais pela qualidade e procedência do produto.

Por fim, no que se refere aos dados do mercado brasileiro de orgânicos, só no ano de 2018, o Brasil faturou R$ 4 bilhões, resultado 20% maior do que o registrado um ano antes, como mostrou o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Organis), que reúne cerca de 60 empresas do setor.

Leia também nosso conteúdo sobre 5 Produtos que não precisam de tabela nutricional

Por: Adriana Lopes.

Revisado Por: Leandro Viana e Daniele Silva.


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Corantes Naturais e Artificiais na Indústria de Alimentos

A cor de um alimento é um fator determinante na aceitação de um produto, devido ao fato dessa característica sensorial induzir a sensação e percepção de outras características, como o sabor, aroma e aparência.

Assim, o visual do alimento se torna primordial, uma vez que há uma associação de cores com o alimento em si, sendo possível lembrar características de amargor ou acidez, e até se relacionar diretamente com frutas, verduras e carnes.

Já imaginou consumir um produto de morango que não tenha uma coloração avermelhada ou rosada?

Dessa forma, é possível visualizar a importância desse aspecto nos alimentos, por isso os corantes são utilizados amplamente na indústria com o intuito de restaurar a cor perdida durante o processamento, intensificar a cor dos produtos, de forma preservar a identidade destes, e até auxiliar na proteção de aromas e vitaminas sensíveis à luz.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a partir da Resolução – CNNPA nº44, de 1977, os corantes podem ser classificados como:

Corante orgânico natural: obtido a partir de vegetal ou animal, sendo isolado com o emprego de processo tecnológico adequado

Corante orgânico sintético: obtido por síntese orgânica a partir de processo tecnológico adequado

Corante artificial: é o corante orgânico sintético não encontrado em produtos naturais

Corante orgânico sintético idêntico ao natural: é o corante orgânico sintético cuja estrutura química é semelhante à do princípio ativo isolado de corante orgânico natural

Corante inorgânico: obtido a partir de substâncias minerais e submetido a processos de elaboração e purificação adequados a seu emprego em alimento.

Além disso, os corantes caramelo foram classificados de acordo com o Informe Técnico nº48 (2012): Corante Caramelo I, Corante Caramelo II, Corante Caramelo III, Corante Caramelo IV; sendo esses diferenciados apenas pelo processo escolhido.

Corantes Naturais

É considerado como corante natural o pigmento ou o corante inócuo extraído de substância vegetal ou animal. Apesar de apresentarem algumas desvantagens frente aos artificiais, como custo e estabilidade (dependendo da forma que for obtida e manipulada), são bem utilizados visto a tendência na indústria de alimentos que confere um aspecto natural ao produto, tendo uma maior aceitação pelos consumidores, visto que alguns pigmentos possuem propriedades funcionais.

Dentre os corantes que são mais utilizados na indústria alimentícia, pode-se citar o urucum, carmim de colchonila, curcumina, além de distintas antocianinas.

Os pigmentos corantes do urucum são obtidos a partir das sementes de urucum, proporcionando uma cor amarelada ou alaranjada ao alimento. São bastante empregadas em sucos, gelatinas, salsichas, margarinas, entre outros.

A curcurmina, pigmento obtido a partir do açafrão-da-Índia, também é utilizada para conferir uma cor amarelo alaranjado aos alimentos, possuindo uma mistura de antioxidantes com propriedades anti-inflamatórias.

O carmim é obtido a partir de insetos fêmeas dessecados, sendo um dos corantes com maior versatilidade e estabilidade, confere uma cor avermelhada aos produtos, como em gelatinas, iogurtes, sorvetes, diversas sobremesas e produtos cárneos.

Sabe aquela mancha que fica em carros estacionados ou em calçadas?

Pois é, isso são as antocianinas, que são corantes com uma grande variação de cores, desde o vermelho até o violeta, e são encontradas em flores e frutas, como uva, amora e framboesa. Possui a vantagem de ter uma boa solubilidade em água, poder antioxidante e baixo custo.

Corantes Artificiais

Já os corantes artificiais são considerados substâncias de composição química definida obtidas por processo de síntese.

Dessa forma, estes não possuem nenhum valor nutritivo, sendo utilizados apenas com o objetivo de conferir cor. Mesmo com a tendência em ter produtos com características naturais, esses corantes são amplamente utilizados em alimentos e bebidas, devido a sua importância em apresentar maior uniformidade, estabilidade e poder tintorial.

No Brasil, a legislação permite o uso de 14 corantes industriais, juntamente com os valores de Ingestão Diária Aceitável, sendo esses: Tartrazina, Amarelo Crepúsculo, Bourdeux S ou Amaranto, Ponceau 4R, Eritrosina, Vermelho 40, Indigotina, Azul brilhante, Azorrubina, Azul Patente V, Verde sólido, Amarelo de Quinoleína, Negro brilhante BN e Marrom HT.

Leia também sobre: Como Definir a Embalagem Ideal Para O Seu Produto.

Por fim, vale ressaltar que a utilização do corante adequado vai estar relacionado com vários aspectos, como pH, solubilidade temperatura e processamento. Além disso, a legislação divulga quais alimentos em que é permitido o uso de corante, e quais desses podem ser usados para cada categoria de produto.

Dessa forma é possível fazer a escolha adequada do corante para conferir esse aspecto sensorial extremamente importante, que é a aparência do alimento.

Por: Gustavo Pousa.

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


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A Importância de se Utilizar uma Embalagem Correta para o Produto

A embalagem é o principal elemento de comunicação entre o consumidor e a marca, sendo um dos principais fatores que impulsionam a venda do produto.

Mas será que as embalagens contribuem apenas para chamar a atenção do consumidor?

Mais do que um envoltório, identificar qual a importância da embalagem inclui perceber que ela desempenha um papel de destaque na venda segura de um produto.

Atualmente na Industria de Alimentos são encontradas embalagens dos mais diversos tipos, como de plástico, papelão, vidro e metal. Cada uma destas apresentam características específicas e são recomendadas para tipos diferentes de produtos.

Leia também: Embalagens Inteligentes: Como Funcionam E Como Podem Contribuir Para Seu Produto.

As principais funções da embalagem correta para o produto estão pautadas principalmente na proteção contra choque mecânicos, conservação do alimento e na comunicação com o consumidor e estão descritas a seguir:

  • Proteção do alimento:
                                                                                      •  
    • Quando estamos falando de alimentos, uma das principais características que a indústria deve se preocupar é em relação à chegada do alimento em sua forma integra até o consumidor.
                                                                                                      •  
    • Os alimentos estão sujeitos a diversos choques mecânicos desde a produção, transporte e a chegada em supermercados. Portanto, garantir que a embalagem proteja seu produto desses acontecimentos é de extrema importância.
  • Conservação do alimento:
                                                                                          •  
    • Uma embalagem bem desenvolvida e aplicada ao produto precisa garantir que microrganismos não causem a deterioração do alimento.
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    • Além disso, quando bem definidas, as embalagens podem revestir e criar barreiras que retardam o processo da perda de qualidade dos alimentos, evitando que ocorram reações indesejadas provenientes da luz, do oxigênio e de gases atmosféricos nos produtos e aumentando a vida útil dos mesmos.
  • Comunicação com o consumidor:
                                                                                                •  
    • Por fim, a identidade visual presente nas embalagens dos produtos é uma forma de garantir a presença da marca nos mercados e chamar ainda mais a atenção do consumidor. Apostar na comunicação visual da sua marca é essencial para atrair clientes e expandir as vendas.

Leia também: Rotulagem de Alimentos: Guia Definitivo de Como fazer

Todas essas propriedades têm como objetivo garantir a segurança alimentar e, por isso, a escolha deve ser apropriada para cada tipo de alimento. Refletir sobre qual a importância da embalagem, portanto, tem tudo a ver com a satisfação das pessoas.

Leia também: Como Definir a Embalagem Ideal Para O Seu Produto.

E então, quer garantir que o seu produto esteja à venda de forma correta e segura para os consumidores?

Entre em contato com a gente!!!

Por: Laís Cardoso.

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


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Métodos de Conservação dos Alimentos

Você sabia que o aumento na durabilidade de um produto alimentício não precisa estar diretamente ligado a adição de conservantes na composição desse produto?

De acordo com a ANVISA, a vida de prateleira de um produto pode ser definida como o tempo máximo no qual o alimento ainda pode ser considerado seguro do ponto de vista microbiológico, físico químico e sensorial, ou seja, é o tempo necessário para que o alimento perca suas características originais.

Leia também sobre A Importância da Determinação do Prazo de Validade em Alimentos

 

Atualmente, está se tornando bastante comum na indústria de alimentos a busca por outros métodos de conservação para os mesmos, ou seja, a indústria busca formas de manter as características e qualidades de um produto, além de mantê-lo seguro para consumo sem a utilização de conservantes, possibilitando aumentos nas vidas de prateleira de diversos produtos sem que seja necessária a utilização destes aditivos.

Com isso, várias indústrias estão investindo em estudos e pesquisas destinados à busca de embalagens e métodos de processamento que sejam viáveis e eficientes no acondicionamento e preservação prolongada de alimentos. É importante lembrar que cada tipo de produto possui um tipo ideal de embalagem e processamento para que o aumento na sua durabilidade seja efetivo.

Leia também sobre Como Definir a Embalagem Ideal para o seu Produto

Por fim, podemos destacar, também, alguns compostos naturais que podem estar atuando de forma relativamente eficiente na conservação de alguns alimentos, como, por exemplo, o suco de limão e o vinagre, que são compostos ácidos, ou seja, serão responsáveis por acidificar o alimento, este sendo um fator responsável por dificultar o crescimento de alguns organismos no produto.

Por: Leandro Viana

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Fontes:

  • Ministério da Saúde;
  • Sulprint;
  • Anvisa.
  • G1;
  • EJEQ.

Qualidade Microbiológica da Água

De acordo com a Portaria n° 2.914 de 12 de Dezembro de 2011, a água potável é aquela que atende aos padrões de potabilidade estabelecida nesta Portaria, definidos por aspectos microbiológicos, físicos, químicos e radioativos e que não ofereça riscos à saúde.

Segundo o Ministério da saúde, a água utilizada pra manipulação e produção de alimentos deve ser potável. A água é o principal elemento dentro das indústrias, podendo ser utilizada como um ingrediente nos produtos alimentícios, veículo de incorporação de ingredientes a fórmula, até na limpeza de materiais, utensílios, equipamentos, higienização de matérias primas, fonte de resfriamento e aquecimento dos produtos.

A potabilidade da água é um fator determinante no processamento de alimentos, uma vez que, pode carregar em si substâncias que podem afetar o processamento, assim como muitas doenças que podem ser provenientes da água. Portanto, é essencial a utilização de água potável para garantir a qualidade, vida de útil do produto e segurança do consumidor.

Ler também: Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC).

Entre as análises realizadas para determinar a potabilidade da água, a análise microbiológica é uma das mais importantes, pois detecta a presença de microrganismos patogênicos e indicadores de contaminação fecal, seja por fezes de humanos ou animais.

O consumo de alimentos preparados por água não potável pode provocar doenças como: cólera, diarreia, febre tifoide, Hepatite A, infecção intestinal, dentre outras. Além disso, as bactérias são responsáveis por 90% dos casos e 70% dos surtos alimentares.

Ler também: Contaminação Cruzada: Você sabe o que é este perigo tão comum quando se trata de alimentos?

Diante disso, a Portaria n° 2.914 de 12 de Dezembro de 2011 estabelece que os parâmetros exigidos pra que a água se encontre dentro dos padrões microbiológicos seja:

  • Água para consumo humano: Escherichia coli ou coliformes termotolerantes – Ausência em 100ml;
  • Água na saída do tratamento: Coliformes totais – Ausência em 100ml;
  • Água tratada no sistema de distribuição (reservatórios e rede): Escherichia coli ou coliformes termotolerantes – Ausência em 100ml;
  • Coliformes totais:
    • Sistemas que analisam 40 ou mais amostras por mês: Ausência em 100ml em 95% das amostras examinadas no mês;
    • Sistemas que analisam menos de 40 amostras por mês: Apenas uma amostra poderá apresentar mensalmente resultado positivo em 100ml

O Atendimento a estes parâmetros microbiológicos da água, garantem que o seu uso e consumo não causem riscos à saúde humana e não prejudiquem a qualidade do produto final.

Por: Estefânia Caldeira

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Fontes:

  • Imagem: UNAM;
  • Ministério da Saúde;
  • Baktron;
  • Consultora de Alimentos;
  • UNB;
  • Unilago;
  • UFSM.

Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC)

Com a crescente exigência dos consumidores em conhecerem a qualidade dos alimentos que consomem, as indústrias de alimentos vem enfrentando desafios para atender aos requisitos desses e, ao mesmo tempo, obter diferencial competitivo em relação a outros empreendedores. Assim, para garantir um processamento seguro dentro das indústrias são implementados programas de autocontrole.

Existem vários programas que podem ser empregados na gestão de qualidade das Indústrias e que são obrigatórios para produtos de Origem Animal, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), como o programa de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e o sistema de Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC).

Ler também: Importância do Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF).

A origem do APPCC está relacionada à necessidade de fornecimento de alimentos seguros para as viagens espaciais dos astronautas da National Aeronautics and Space Administration (NASA). O sistema APPCC tem como objetivo identificar e controlar possíveis problemas na produção antes mesmo que eles ocorram.

Ficou curioso(a) para saber mais sobre o sistema APPCC? Então vem com a gente.

Para caracterizar a sequência de elaboração de um plano de APPCC a Comissão do Codex Alimentarius e o NACMCF (National Advisory Committee on Microbiological Criteria for Foods) adotaram sete princípios orientadores. São eles:

  1. Análises dos perigos e medidas preventivas:

Neste princípio são investigadas todos as contaminações potenciais existentes em cada uma das etapas de produção, a probabilidade de ocorrência delas, qual o grau de risco de cada uma, avaliando a necessidade de mudar um processo ou uma etapa ou então determinar medidas preventivas para cada uma dessas contaminações (perigo). Devem ser analisados os perigos que podem ocorrer desde a produção da matéria-prima até que esta chegue à indústria.

  1. Identificação dos Pontos Críticos de Controle (PCC):

Nesse princípio são determinados quais são os pontos, etapas, ingredientes ou matéria-prima em que ocorre algum perigo, para que sejam aplicadas medidas preventivas de controle que visam eliminar ou minimizar o risco de contaminação.

  1. Estabelecimento dos limites críticos:

Aqui são definidos os valores máximos e/ou mínimos de que devem ser seguidos e que, caso não sejam, impossibilitam a segurança do alimento.

  1. Estabelecimento dos procedimentos de monitorização dos limites críticos:

A monitorização consiste em realizar uma sequência de observações e de medição dos parâmetros de controle para saber se um PCC está dentro dos parâmetros críticos estabelecidos.

  1. Estabelecimento de ações corretivas:

As ações corretivas devem ser aplicadas no momento ou imediatamente após ocorrerem desvios dos limites críticos estabelecidos, visando corrigir rapidamente o erro.

  1. Estabelecimento dos procedimentos de verificação:

Aqui nesse princípio ocorre a verificação da eficácia do APPCC, através de avaliações como análises microbiológicas, auditorias, controles dos registros de monitorização.

  1. Estabelecimento dos procedimentos de registro:

Os registros são evidências legais que as atividades relacionadas a APPCC estão sendo realizadas.

A partir da implementação do sistema APPCC são identificados os Pontos Críticos de Controle de um determinado perigo, estabelecem-se os limites críticos que são monitorados e verificados, o que traz grande vantagem para a indústria de alimentos, pois garante a segurança na produção, garante a satisfação dos clientes, e traz o diferencial competitivo para o mercado empreendedor.

Ler também: Contaminação Cruzada: Você sabe o que é este perigo tão comum quando se trata de alimentos?

Por: Laura Orsi

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


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Fatores Antinutricionais

O que são os fatores antinutricionais e o que eles acarretam na saúde do consumidor?

 Bem, de forma geral os fatores antinutricionais estão presentes normalmente em alimentos de origem vegetal, e eles são considerados “antinutricionais” pelo fato de atuarem no organismo humano de forma negativa. seja ela pela falta de digestão, absorção e/ou utilização dos nutrientes no nosso corpo.  Isto acontece porque tais alimentos, como leguminosas, apresentam inibidores de proteinase, oxalatos, taninos, fitatos e/ou polifenóis, os quais interferem diretamente nestas funções.

Uma pergunta que não quer calar, como diminuir os efeitos destes fatores no alimento?

Uma das opções mais conhecidas para extinguir os fatores antinutricionais do feijão e que também pode ser utilizada industrialmente, por exemplo, é deixar ele de molho por pelo menos 12h antes do cozimento. Logo depois, a água precisa ser jogada fora para a retirada completa dos fitatos para que logo após uma nova água seja utilizada no cozimento.

Além disso, a inclusão de alguns processos como tratamentos térmicos nos alimentos que contenham os fatores antinutricionais, como a maceração na presença de sulfitos, a atmosfera controlada e o tratamento enzimático adicionados industrialmente, são exemplos de resolução para o problema, extinguindo de vez os antinutrientes.

Por: Daniela Martin

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Padrões Microbiológicos

 

Você já se perguntou como é definida a aceitação ou não de um alimento com base na presença de micro-organismos?

A resposta para essa pergunta é o Padrão Microbiológico!  Mas o que é um Padrão Microbiológico?  Onde eles estão estabelecidos?

De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Padrão Microbiológico pode ser definido como um critério definição para a aceitabilidade de um lote ou processo de alimento com base na ausência, presença ou concentração de micro-organismos, suas toxinas e metabólitos por unidade de massa, volume, área ou lote. Esses padrões estão dispostos na RDC 331/2019 e na IN 60/2019 que entraram em vigor em dezembro de 2020, em substituição da RDC12/20021.

Assim, a RDC 331/2019 apresenta os novos padrões microbiológicos dos alimentos e a sua aplicação durante toda a cadeia produtiva do alimento, enquanto a IN 60/2019 a complementa estabelecendo uma lista de padrões microbiológicos para alimentos prontos para o consumo.

Dessa forma, uma vez entendido o conceito e onde estão estabelecidos tais padrões, é necessário entender qual é a sua finalidade.

Sendo assim, qual o objetivo do estabelecimento de Padrões Microbiológicos para os alimentos?

O objetivo dos Padrões Microbiológicos é verificar se o alimento está seguro e adequado para venda ao consumidor com base em testes microbiológicos específicos para cada alimento. Portanto, é possível avaliar os procedimentos de produção, controle de manuseio e as práticas de higiene de uma empresa com base em seus resultados.

Para isso, deve-se ressaltar que a segurança dos alimentos é uma garantia da adoção das práticas preventivas do Manual de Boas Práticas de Fabricação, o BPF.

 Leia mais sobre A Importância do Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF).

 Agora que você já sabe o que são os Padrões Microbiológicos e qual a sua finalidade, pode estar se perguntando: Quais são, de fato, esses Padrões Microbiológicos? Quais são os seus componentes?

Os Padrões Microbiológicos definidos pela ANVISA são compostos por:

  • O alimento, isto é, o ponto da cadeia de produção que esses padrões são aplicáveis; 
  • O micro-organismo, aquele que vai ser avaliado a presença, ausência ou concentração; 
  • Os limites microbiológico “m” e “M”; 
  • O plano de amostragem, o qual compreende o número de unidades amostrais a serem coletadas e analisadas (n), o tamanho da unidade e a indicação do número de amostras aceitáveis (c). 

É importante ressaltar que esses Padrões Microbiológicos são aplicáveis aos alimentos da categoria “Alimento prontos para oferta ao consumidor”, isto é, conforme a RDC 331/2019: “alimento na forma como será disponibilizado ao consumidor, destinado à venda direta ou qualquer outra forma de distribuição, gratuita ou não”.

Agora que você já conhece um pouco mais sobre os Padrões Microbiológicos e o porquê deles serem tão importantes para você como consumidor e/ou produtor, você consegue reconhecer a importância dos processos de higienização e produção adequados para evitar contaminações durante o processo produtivo. 

Leia mais sobre Contaminação Cruzada: Você sabe o que é este perigo tão comum quando se trata de alimentos? 

Por: Antônio Fernandes

Revisado Por: Gabriela Zinato


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Embalagens Inteligentes: como funcionam e como podem contribuir para seu produto

A função das embalagens como proteção dos alimentos é quase imperceptível no cotidiano dos consumidores, uma vez que ela é mais relacionada à conexão visual entre a marca, o produto e o cliente. Entretanto, é possível associar proteção, conexão, informação e interação em embalagens conhecidas como EMBALAGENS INTELIGENTES.

Ficou curioso(a) para conhecer um pouquinho mais?
Vem com a gente que explicamos tudo sobre essa inovação utilizada em várias etapas da logística em indústrias alimentícias.

Inicialmente, imagine a seguinte situação: suponhamos que você queira preparar um suco de laranja, mas tem dificuldade em escolher as melhores frutas no mercado. Para auxiliar, você encontra as laranjas embaladas por um material que dispõe de um sensor em forma de etiqueta, alterando sua cor ao identificar a presença de gás etileno (gás liberado pelas frutas durante o estágio de maturação) na atmosfera interna da embalagem. Assim, é possível saber se a fruta está madura ou não.

Esse é um dos diversos exemplos da utilização de embalagens inteligentes, e por mais que ainda não esteja tão difundida no mercado, apresenta alta taxa de crescimento no decorrer dos próximos anos, segundo a Associação Brasileira de Embalagens.

Leia também: Como Definir a Embalagem Ideal para seu Produto? 

Assim como exemplificado acima, a principal função das embalagens inteligentes é promover a interação com o consumidor, através de tecnologias que são capazes de comunicar as reais condições de um produto ou as do ambiente onde o mesmo está sendo exposto. A maioria dessas embalagens utiliza sensores simples que permitem a identificação de alterações na atmosfera interna, como a presença de gases, variações da taxa de umidade e até mesmo outros parâmetros de qualidade.

Mas, quais são os benefícios dessa embalagem para toda a cadeia produtiva e para seu produto? 

Levando-se em conta tudo o que foi citado, nota-se que a vantagem de utilizar embalagens inteligentes não se limita somente à maior conexão e interação com o consumidor. Este tipo de tecnologia pode ser utilizado desde o transporte de matérias primas até o armazenamento do produto final, uma vez que garante mostrar a real situação do produto embalado, contribuindo para manter a avaliação da qualidade do mesmo.

Leia também: Transporte de Alimentos: 6 cuidados que você precisa ter  

Com isso, o desperdício é evitado de forma mais eficiente, o que se torna uma grande vantagem tanto para consumidores quanto para empresas. Ademais, a maioria dos materiais utilizados permite uma prática mais sustentável através da reciclagem de seus biodegradáveis, uma vez que são embalagens mais flexíveis.

Por: Isadora Soares

Revisado Por: Gabriela Zinato e Antônio Fernandes.


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