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Selo SIF: entenda qual sua importância e saiba como obtê-lo

Você já ouviu falar do selo SIF? Sabe do que ele trata e qual sua importância?

O Selo de Inspeção Federal (SIF) nada mais é do que o selo de inspeção de alimentos de origem animal, que, como o nome sugere, diz respeito ao cumprimento de normas que são essenciais para a qualidade desse tipo de produto.

Neste post, você vai entender melhor por que é importante obter esse selo se você trabalha com alimentos de origem animal e, ainda, o que fazer para cumprir essa tarefa.

Qual a função dos selos de inspeção?

Como sabemos, em todas as áreas da indústria, é preciso ter muita rigidez durante a realização de processos para que estes ocorram de forma correta e sem prejuízos.

Na indústria alimentícia, essa responsabilidade é ainda maior, pois estamos falando de alimentos que vão para as casas dos consumidores. Se não forem muito bem inspecionados e não passarem pelos devidos cuidados, podem prejudicar a saúde dessas pessoas.

Com o objetivo de garantir a segurança e a procedência dos produtos de origem animal, sejam comestíveis ou não, o governo confere aos produtores que atendem os critérios exigidos pela legislação os selos de homologação de qualidade.

Esses selos são o SIM (Selo de Inspeção Municipal), o SIE (Selo de Inspeção Estadual) e o SIF (Selo de Inspeção Federal).

Esses selos conferem ao empresário, em cada instância, a autorização para comercializar seus produtos. A concessão de cada um deles está vinculada ao respectivo órgão do Poder Executivo.

Ou seja, as Secretarias Municipais de Desenvolvimento Rural, as Secretarias Estaduais de Agricultura ou, no caso do selo SIF, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/Mapa).

O selo SIF apresenta uma particularidade em relação a esses três tipos de selo.

Ele também é exigido para as atividades de importação e exportação. Ou seja, tem caráter obrigatório para produtos de origem animal que são comercializados com outros países.

Importância do selo SIF

Os selos de inspeção são responsáveis por garantir o padrão do produto que será consumido.

Todos os produtos de origem animal percorrem um longo caminho até chegar ao consumidor. Os selos exigem uma série de medidas que, juntas, asseguram a qualidade desses produtos.

Com esse método, é possível eliminar os tão temidos riscos de contaminação e, consequentemente, doenças e infecções para quem os consumir.

Conquistando o selo, o empresário estará se responsabilizando por cumprir e manter as exigências, que são importantes para a indústria, pois ele promove:

Padronização

Para que os produtos continuem a receber o selo de inspeção, as empresas devem sempre manter rigorosos padrões de qualidade.

Estes padrões são determinados pelo governo com base em pesquisas e diretrizes de saúde que são atualizadas constantemente por questões de prevenção a novos vírus e bactérias.

Dessa maneira, ao comprar um produto com o selo SIF, você garante a aquisição de um produto com padrão constante, que não vai oscilar bruscamente entre um lote e outro.

Manutenção da qualidade

Como vimos, o selo SIF garante uma padronização de toda a produção, o que faz com que a qualidade se mantenha sem despencar e criar problemas.

Além disso, como os padrões necessários para concessão do selo SIF são determinados e monitorados pelo próprio governo, isso significa que, ao optar por consumir produtos com esse selo, o público estará dando preferência a algo com qualidade mais elevada.

Segurança alimentar

A padronização e a manutenção da qualidade visam garantir a segurança alimentar, em outras palavras, evitar a contaminação e proliferação de vírus e bactérias que podem causar inúmeras doenças para os seres humanos.

Com isso, reduz o risco de algumas das doenças cuja transmissão se dá por meio de alimentos de origem animal e que são, inclusive, fatais.

Ao obter o selo SIF, o produtor não apenas ganha o direito de comercializar o produto em todo o território nacional, como também demonstra para o mercado que se preocupa com a saúde de seu consumidor e se esforça o quanto for necessário para manter a produção em rigorosos padrões federais.

Como obter o selo SIF?

Antes de receber o carimbo do selo SIF, o produto em questão passa por diversas etapas de fiscalização e inspeção, cujas ações são orientadas e coordenadas pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/Mapa).

Com o objetivo de garantir produtos com as certificações sanitária e tecnológica necessárias para o consumidor brasileiro e respeitando as legislações nacionais e internacionais vigentes, o sistema do selo SIF recebe diversas informações sobre a produção.

Essas informações compreendem variadas questões, como abate, produção, comercialização, recepção de matéria-prima, rótulos analisados, certificados e guias de trânsito.

O pedido de obtenção do selo SIF deve ser feito diretamente ao Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento.

É necessário primeiramente a elaboração de um projeto de construção e instalação do estabelecimento.

Esse projeto é essencial para constituir um processo para aprovação prévia. Para isso, devem ser consideradas as normativas específicas, observando-se aspectos sanitários e tecnológicos necessários, de acordo com o que está especificado no site do órgão.

Nesse site, o empreendedor também poderá encontrar orientações sobre quais documentos são necessários para compor esse projeto e o que é e para que serve cada um deles.

Após atender às exigências requeridas para o espaço físico em que a indústria vai funcionar, basta solicitar um Laudo Técnico Sanitário do Estabelecimento, que também vai compor os documentos necessários do projeto.

O projeto deverá ser encaminhado ao(à) diretor(a) do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), localizado em Brasília.

Após esse processo, é só aguardar a aprovação para iniciar seus trabalhos.

No site, você ainda poderá encontrar mais detalhes sobre todas as exigências requeridas a cada tipo de produção, assim como quais produtores podem ou não receber o selo.


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Procedimento Operacional Padrão: o que é e qual sua importância

Se você lê muito sobre como melhorar o desempenho de uma empresa sem perder a qualidade dos produtos, principalmente na indústria alimentícia, com certeza a padronização ou o Procedimento Operacional Padrão foram termos recorrentes na sua pesquisa.

Assim como diversas outras ferramentas que devem ser aplicadas para o sucesso dos negócios, o Procedimento Operacional Padrão (POP) auxilia a rotina da empresa de forma eficiente, colaborando para que ela cresça de maneira ordenada.

Neste post, vamos entender melhor sobre como essa técnica funciona.

O que é o Procedimento Operacional Padrão?

É um documento de caráter organizacional que contém o planejamento do trabalho a ser executado. É a descrição mais detalhada possível de todas as medidas necessárias para a realização de uma tarefa.

O Procedimento Operacional Padrão busca estabelecer procedimentos de Boas Práticas de Fabricação (BPF) em vários setores da indústria. Para serviços que envolvam alimentação, ele atua a fim de garantir as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado.

Em outras palavras, esse documento deve trazer um passo a passo para o desenvolvimento de determinadas tarefas. No caso da indústria alimentícia, por exemplo, uma delas é a higienização de superfícies.

Essa tarefa, entre outras, tem a finalidade de evitar até os menores desvios que possam trazer prejuízos ao consumidor, como a ingestão de um alimento contaminado.

O propósito desse documento é garantir a segurança dos alimentos.

Se pensarmos em grandes franquias de alimentos, como fast-foods, ou mesmo indústrias que têm filiais em diversas cidades, a necessidade de criar um padrão que assegure a qualidade, fazendo com que todos os produtos tenham o mesmo resultado, é muito importante.

Ao padronizar, a identidade da marca é mantida e a confiança dos clientes cresce à medida que eles entendem essa segurança.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é a responsável pela legislação vigente para empresas de alimentos, estabelece, através das Resoluções RDC 216 e RDC 275, as normas voltadas especificamente para serviços de alimentação.

Isso faz com que o Procedimento Operacional Padrão seja obrigatório para todas as empresas que trabalham com manuseio de alimentos para fins de consumo humano em todo o território nacional.

Ou seja, ele é necessário para estabelecimentos que façam manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento, distribuição, transporte, exposição à venda e entrega de alimentos preparados para o consumo.

Dos mais simples aos grandes estabelecimentos, como cantinas, bufês, bares, confeitarias, cozinhas industriais, cozinhas institucionais, restaurantes, lanchonetes, padarias, supermercados, açougues e rotisserias, a obrigatoriedade é válida.

Como funciona o Procedimento Operacional Padrão?

O Procedimento Operacional Padrão confere instruções das etapas das operações e em quais frequências vão ocorrer, contendo vários elementos, como:

  • O profissional responsável pela execução e listagem dos equipamentos;
  • As peças e os materiais que são usados na realização de cada tarefa;
  • A descrição detalhada dos procedimentos que devem ser executados nas atividades críticas (ou seja, o modo de operação e as possíveis restrições quanto à execução, o que pode ou não pode ser feito);
  • Um roteiro organizado e explicativo de inspeções periódicas dos equipamentos de produção.

Ou seja, o principal objetivo do Procedimento Operacional Padrão é minimizar desvios na execução de cada atividade, padronizando para que tudo gere um resultado previamente idealizado.

Para isso, como dissemos, ele deve ser o mais detalhado possível a fim de que os colaboradores também possam utilizá-lo como um guia quando precisarem de alguma informação imediata.

Nesse sentido, cada empresa pode incluir o que achar melhor, mas alguns itens são indispensáveis para indústrias de alimentos, como:

  • Nome da empresa;
  • Objetivo;
  • Documentos para referências (manuais, processos ou outros procedimentos);
  • Materiais necessários;
  • Equipamentos de Proteção Individual (EPI);
  • Local de aplicação do procedimento;
  • Siglas (se for o caso);
  • Descrição das etapas da tarefa e de seus executores e responsáveis;
  • Fluxograma (representação gráfica de um procedimento);
  • O local onde poderá ser encontrado e o nome do responsável pela guarda e atualização do POP;
  • Qual a frequência de atualização;
  • Ação corretiva (medida que deverá ser tomada caso ocorra algum erro no processo)
  • De que forma será gerado (seja digital ou físico);
  • Gestor (quem foi responsável pela elaboração do projeto).

O POP, sendo específico para a área de atuação ou atividade que detalha, precisa ser bem escrito, pois, caso não seja, jamais terá continuidade.

Portanto, esse processo de criação do documento, que deve ser claro e objetivo, além de despertar a cooperação entre gestores, diretores e funcionários, será crucial para que sua execução ocorra com sucesso.

Isso inclui pensar em uma escrita que seja de fácil compreensão para quem for utilizá-lo.

Afinal, não adianta de nada escrever um documento que deveria ser explicativo, mas que usa termos difíceis e siglas pouco conhecidas, tornando-o, na realidade, um documento mais confuso e que deixa tudo ainda pior, certo?

Seu formato também influencia na fluidez da leitura e na compreensão. Pensar sobre a ordem de cada informação faz com que o documento possa ser compreendido com mais profundidade.

Vimos também que ele precisa ser revisto com periodicidade, o que exige muito cuidado, uma vez que, com o alto fluxo de informações dentro das empresas, é comum que procedimentos desatualizados sejam utilizados nos processos.

Portanto, é imprescindível ter o cuidado de que apenas a versão mais atualizada esteja sendo seguida, pois ela é resultado de diversas revisões e correções de erros anteriores, com o objetivo de melhorar o desempenho.

Ao utilizar um procedimento desatualizado, a empresa continua executando as falhas que foram encontradas pela Qualidade e deixa de aproveitar as melhorias padronizadas, o que gera grandes prejuízos para a organização.

Vantagens

Se ter a qualidade assegurada em todos os setores da sua empresa ainda não foi justificativa suficiente para você se convencer da importância e necessidade de aplicar o Procedimento Operacional Padrão no seu negócio, aqui estão mais algumas:

  • Diminui o índice de retrabalho;
  • Diminui desperdícios;
  • Reforça o controle de qualidade;
  • Reduz a variação e aumenta a qualidade através da implementação consistente do processo, mesmo em caso de mudança de pessoal;
  • Demonstra conformidade e confiabilidade com requerimentos organizacionais e governamentais;
  • Facilita o processo de treinamento de pessoal quando necessário;
  • Permite a melhoria da comunicação e evita falhas por esse motivo;
  • Diminui riscos de acidentes.

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Otimização de processos: quais os benefícios e como aplicar

Hoje vamos falar sobre a otimização de processos. Você já procurou saber informações sobre esta técnica?

A otimização de processos nada mais é do que uma técnica que usa o mapeamento das atividades executadas, a identificação e a eliminação de falhas e a padronização das rotinas.

É através dela que tarefas desnecessárias, erros e desperdícios que ocorrem na produção são consideravelmente reduzidos, melhorando os métodos de trabalho e proporcionando resultados mais satisfatórios.

Essa prática garante diversos benefícios para a empresa, indicando maneiras de aumentar a produtividade e melhorando a administração do tempo de produção.

Para os empresários da indústria de alimentos, hoje é necessário um alto controle de qualidade dos produtos, além de resfriamento e congelamento rápidos, vida de prateleira prolongada e a garantia de um consumo de energia eficiente.

Neste artigo, você entenderá mais sobre os benefícios que estão atrelados a essa técnica e como aplicá-la na sua empresa. Confira!

Como aplicar a otimização de processos

Aprenda, a seguir, como otimizar sua produção em alguns passos.

1. Mapeie as atividades de trabalho atuais

Primeiramente, é preciso entender o funcionamento atual do processo de produção da empresa, documentando as atividades de forma detalhada.

Inclua as atividades de funcionários, tarefas automatizadas e também terceirizadas. Atente-se a cada pessoa e item do processo.

2. Identifique pontos de melhoria

Por mais que você pense que as coisas estão funcionando bem, se uma otimização ainda não foi aplicada, com certeza há o que melhorar, pois os processos industriais vivem em constante melhoria de desempenho.

Você vai precisar identificar as lacunas de produção e os procedimentos muito demorados ou inúteis, além de sinais de desperdício de recursos e dinheiro.

Procure envolver os setores (administrativos, produtivos, logísticos e operacionais) e suas equipes, motivando todos para que participem dos processos de melhoria ao mesmo passo em que se adaptam mais facilmente a eles.

3. Implemente as melhorias

De forma gradual, comece a colocar em prática as melhorias mais urgentes, ou seja, que afetam diretamente o desempenho da produção.

Ainda que a equipe tenha participado do processo e esteja ciente das mudanças, pode ser que a adaptação leve algum tempo, portanto foque o auxílio às equipes no que for preciso, transmitindo confiança e segurança.

4. Informatize a empresa

Informatizar a empresa é adotar ferramentas tecnológicas que reduzem o tempo de cada processo.

Com os sistemas de gestão empresarial, você ganha velocidade no processamento das informações e promove a tão desejada otimização de processos, tornando estes mais rápidos e eficientes.

A informatização auxilia as empresas nas tarefas diárias e reduz custos, além de permitir que as informações sejam encontradas e acessadas com muito mais facilidade e rapidez.

5. Descentralize a gestão

Criar processos nos quais tudo depende da aprovação de uma única pessoa pode atrasar a produção.

É importante passar para os funcionários quais são as funções e obrigações deles, e, além disso, deve-se criar uma fiscalização sem “sufocar” ninguém.

Isso fará com que a equipe confie na liderança e se dedique mais para realizar um trabalho satisfatório por conta própria.

Investir na capacidade intelectual desses profissionais também é uma forma de descentralizar a gestão sem correr os temidos riscos, pois colaboradores capacitados terão uma pequena autonomia dentro do próprio campo de atuação, o que acelera tudo, sem comprometer a qualidade.

6. Monitore os resultados

Agora é hora de se certificar de que os funcionários estão cumprindo suas respectivas funções de acordo com as melhorias implementadas para ver se elas funcionam.

Lembre-se de que essas melhorias e o monitoramento delas são constantes, assim como as inovações, por isso refaça esse ciclo periodicamente.

Benefícios da otimização de processos

A otimização de processos proporcionará uma reflexão sobre processos que precisam ser revistos e que, na correria do dia a dia, acabam passando despercebidos.

Tirar um tempo para fazer essa avaliação será muito proveitoso e trará benefícios posteriores. Dentre esses benefícios, podemos citar:

Redução de custos e riscos

A otimização permitirá identificar e eliminar desperdícios. Assim, recursos que não estão sendo empregados da forma correta poderão tomar novo caminho, assim como pequenas falhas e atrasos poderão ser corrigidos.

Ao padronizar atividades, você também estará evitando riscos de acidentes de trabalho e de erros humanos durante a produção.

Conhecendo os problemas, será mais fácil elaborar soluções que diminuam e previnam custos e que, ao mesmo tempo, agilizem os processos para entrega ao cliente.

Eficiência e capacidade de resolver problemas

Ter a capacidade de realizar e entregar processos com qualidade e rapidez é o resultado desejado da otimização de processos.

Corrigir as falhas e padronizar a produção são passos essenciais para quem deseja entregar mais em menos tempo e com qualidade superior e impecável.

Os resultados, consequentemente, vão apresentar melhora, colocando a empresa em uma posição de confiança no mercado.

Com o tempo, o costume com esse padrão de monitoramento e otimização fará com que a própria empresa fique sólida no sentido de estar preparada para os problemas que podem surgir a qualquer momento e para resolvê-los com facilidade e calma.

Mais integração entre processos

O recurso de otimização de processos permite ainda que atividades sequenciadas sejam identificadas na linha de produção, ou seja, se um setor depende de outro para ser ativo.

Isso, consequentemente, possibilitará agir nessa sequência entre as rotinas, integrando-as de forma a melhorar a comunicação entre elas e agilizando o trabalho com um novo fluxo de comunicação contínuo.

Melhoria na capacidade de intervenção

Quando surgem problemas que precisam ser resolvidos de imediato, fica muito mais complicado conseguir realizar essa tarefa se os processos estão desorganizados, dificultando a identificação da raiz da questão.

Por isso, muitas vezes, situações de emergência se resolvem, mas suas causas permanecem desconhecidas, o que possibilita que novos problemas surjam em decorrência delas.

Otimizando e padronizando processos, os detalhes de cada etapa vão se tornando mais claros, permitindo que as causas sejam identificadas e tornando o processo mais ágil.

O gestor, assim, poderá trabalhar diretamente nas causas e prevenir para que não tragam dor de cabeça futuramente.


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Rotulagem de alimentos: manual definitivo de como fazer

Você sabe qual a importância de preparar uma rotulagem de alimentos responsável e que forneça ao consumidor as informações básicas para que ele saiba o que está comendo?

O rótulo é, sem dúvida, a maneira mais segura de uma pessoa saber o que realmente está consumindo quando compra algo no supermercado. É a comunicação entre indústria e cliente.

Ele é obrigatório para todos os alimentos e bebidas que são produzidos, comercializados e embalados industrialmente, ou seja, longe dos clientes, o que faz necessário informá-los da forma mais completa possível sobre o que estão comprando.

Com o passar do tempo, essas informações estão sendo aprimoradas para serem cada vez mais claras e sinceras com o público. As empresas são inclusive obrigadas a informar o uso de ingredientes alergênicos em suas fórmulas.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa é a responsável no Brasil por regulamentar e fiscalizar esse setor de informações das embalagens através de algumas resoluções.

São elas: RDC 359/2003 e RDC 360/03 – Regulamento Técnico  sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados, que dispõem sobre os aspectos nutricionais dos produtos, além da RDC n° 259/2002, que dita sobre as rotulações em geral dessas embalagens, determinando as regras que as empresas devem seguir ao passar tais informações aos consumidores.

Produtos que dispensam informação nutricional

Antes de mais nada, vamos especificar a seguir os elementos que não precisam de tabela nutricional segundo as regras de rotulagem de alimentos da Anvisa:

  • águas minerais e demais águas destinadas ao consumo humano;
  • bebidas alcoólicas;
  • aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia;
  • especiarias, como pimenta-do-reino, cominho, noz-moscada, canela e outros;
  • vinagres;
  • sal (cloreto de sódio);
  • café, erva-mate, chá e outras ervas sem adição de outros ingredientes;
  • alimentos preparados e embalados em restaurantes e estabelecimentos comerciais, prontos para o consumo, por exemplo, sanduíches prontos, sobremesas do tipo flan ou mousses, saladas de frutas e outras semelhantes;
  • produtos fracionados nos pontos de venda a varejo, comercializados como pré-medidos, e alimentos fatiados, como queijos, presuntos, salames, mortadelas, entre outros;
  • frutas, vegetais e carnes in natura, refrigerados ou congelados;
  • produtos que possuem embalagens com menos de 100 cm² (esta dispensa não se aplica aos alimentos para fins especiais ou que apresentem declarações de propriedades nutricionais).

Elementos obrigatórios da rotulagem de alimentos

Vejamos algumas das informações básicas que compõem o rótulo dos alimentos industrializados:

  • Lista de ingredientes/valor nutricional: sempre organizada por ordem decrescente, ou seja, isso quer dizer que o primeiro ingrediente é o que predomina, está em maior quantidade na formulação do produto, e o último, consequentemente, é o que está em menor quantidade.
  • Nível de processamento: informa se o produto passou por muitas ou poucas etapas de processamento.
  • Identificação de origem: informações sobre o fabricante do produto e onde esse produto foi fabricado.
  • Prazo de validade: mostra até quando o produto será próprio para consumo (margem de segurança).
  • Conteúdo líquido: quantidade real de produto dentro da embalagem.
  • Lote: forma de controle da produção, caso haja algum problema com o produto.

Como montar uma tabela nutricional para rotulagem de alimentos

valor nutricional dos alimentos é importante para os nutricionistas e também para a população, que tem o direito de conhecer melhor o alimento que está consumindo.

Dessa forma, disponibilizar essas informações de forma correta através da tabela nutricional é de grande importância.

Agora vamos compreender melhor como é o processo de cálculo para se chegar nos valores que encontramos nos rótulos. Vamos lá?

  1. Definindo porções e medidas

De acordo com a resolução RDC nº 359, da Anvisa, as medidas podem ser definidas em porção, medida caseira, fração, fatia e prato pronto ou semipronto.

Para a medida caseira, as equivalências são apresentadas em gramas ou mililitros na tabela, com base em utensílios de medição muito fáceis e que toda cozinha tem, como xícara, colher de sopa, colher de sobremesa, prato raso, prato fundo, e por aí vai.

  1. Calculando os valores nutricionais

Primeiramente, faça uma lista com todos os ingredientes que serão utilizados na composição do alimento. Depois, com a medida definida, basta fazer um cálculo com regra de três para definir o valor das porções em relação ao total.

Por exemplo, para um bolo, o ideal é usar a fatia como porção. Assim, o total de gramas do bolo sempre terá um valor proporcional em suas fatias.

Esse cálculo deve ser feito para cada ingrediente separadamente, informando quais os carboidratos, as proteínas e as gorduras presentes nele.

Para saber a composição de cada um desses alimentos que farão parte do alimento que você está produzindo, há uma maneira simples e padronizada: consultando a TACO ou TBCA, por exemplo.

Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TBCA é uma fonte que irá auxiliar você na questão desse cálculo de medidas para a rotulagem de alimentos.

TACOelaborada pela Unicamp, e a TBCA, mantida pela USP, são as principais referências de tabelas em que se pode consultar essas informações, por serem as mais completas e facilitadoras.

Para produtos que contenham gordura trans e alguns outros componentes, é preciso ainda submeter esse componente a uma análise físico-química.

Esse processo tem como objetivo determinar, quantificar ou qualificar os componentes específicos do alimento a fim de determinar a composição centesimal e fornecer informações sobre a composição química e/ou físico-química do produto.

  1. Definindo os Valores Diários (%VD)

A declaração que consta na parte do rótulo com descrição Valor Energético e o conteúdo de nutrientes deve ser feita também em % de Valores Diários (%VD).

É padrão que as tabelas nutricionais apresentem valores diários com base em uma dieta de 2000 kcal, que é o considerado ideal para um adulto saudável.

Lembrando, é claro, que esse valor é apenas uma base. Como cada corpo funciona de uma forma, o recomendado é que seja feito um acompanhamento com nutricionista para que a dieta correta seja elaborada para cada caso específico.

  1. Apresentação das informações

Outro aspecto importante para a rotulagem de alimentos correta é a disposição das informações, que também deve ser padronizada segundo o Manual de Orientação às Indústrias de Alimentos, da Anvisa:

  • A informação nutricional deve ser apresentada em um mesmo local, estruturada em forma de tabela (horizontal ou vertical conforme o tamanho do rótulo) e, se o espaço não for suficiente, pode ser utilizada a forma linear.
  • Todos os nutrientes devem ser declarados na mesma fonte.
  • A declaração da medida caseira é obrigatória.
  • A informação nutricional deve estar no idioma oficial do país de consumo do alimento em lugar visível, com letras legíveis, que não possam ser apagadas ou rasuradas, e em cor contrastante com o fundo em que estiver impressa.

Como pudemos ver, a rotulagem de alimentos é uma via de comunicação entre indústria e consumidor, por isso é muito importante.

O processo de cálculo da tabela nutricional é bem simples, mas bem exigente e padronizado, por isso, o empresário deve se informar sobre todas as resoluções da Anvisa e seguir o Manual de Orientação às Indústrias de Alimentos, que contém exemplos para facilitar o entendimento, além de normas para casos específicos.


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Linha de produção: como desenvolver uma para indústria alimentícia

A linha de produção é um dos pilares de uma indústria. Ela é um dos principais recursos e representa o desenvolvimento dos processos produtivos que envolvem as máquinas, os operadores e os produtos.

O foco é reunir esses componentes de forma a realizar as etapas de maneira organizada e sequencial, para, no fim, ter em mãos o produto esperado.

Uma linha de produção com uma estrutura balanceada, equilibrada e focada na redução de possíveis desperdícios tem grande chance de gerar resultados que vão impactar diretamente nos custos, na produtividade, no rendimento da empresa e, claro, na satisfação dos clientes.

O importante é investir em planejamento e monitoramento para a manutenção da boa produtividade.

Neste post, vamos falar mais sobre a importância da organização da linha de produção e como você deve desenvolver a sua. Continue lendo!

O que é a linha de produção?

A linha de produção é o processo organizacional mais eficiente para se chegar ao produto final.

No ano de 1913, Henry Ford criou uma solução para o dilema da produção artesanal, cara e lenta: o sistema de linha de produção.

Esse sistema como temos hoje adota uma forma de produção em série, em que cada funcionário fica responsável pela montagem de uma parte do produto.

Outra característica desse método é o uso de maquinarias que auxiliam os funcionários em suas tarefas.

A automatização da produção, ou seja, a introdução da tecnologia das máquinas nesses processos, foi um dos marcos da era industrial.

Por outro lado, isso fez com que as empresas enfrentassem um novo tipo de problema: o controle de qualidade.

Ao passo que os artesãos conheciam em profundidade o produto final, sendo capazes de garantir a máxima qualidade, isso já não era possível nas linhas de produção, em que tantas coisas poderiam passar despercebidas.

Assim, para garantir a qualidade e a eficácia dessa produção, foi preciso criar formas de planejamento e monitoramento que impedissem prejuízos.

Isso é o que vamos entender melhor adiante.

Importância e benefícios da linha de produção

Como vimos, o sistema de linha de produção inovou a indústria e permitiu uma produção em larga escala em menos tempo, o que significa aumento do lucro.

Isso sem falar que, com boa organização, fica muito mais fácil inspecionar todo o processo.

Vamos falar sobre alguns dos benefícios que o bom planejamento da linha de produção trará para a sua empresa:

  1. Padronização e definição de processos

Definindo um roteiro claro e preciso, dúvidas triviais ou falta de informação sobre processos são resolvidas rapidamente, poupando o tempo de procurar a raiz do problema para só então solucioná-lo. Por exemplo, em casos de:

  • operação executada em máquina errada;
  • sequência entre as operações equivocadas e que acabam prejudicando todas as etapas seguintes;
  • tempo de operação incompatível com o necessário para a qualidade da peça, que pode ser excedido ou diminuído.

Padronizar os processos também promove o conhecimento dentro do ambiente da indústria, entre seus colaboradores, o que consequentemente fortalece sua equipe.

  1. Obtenção de informações de forma mais prática

Imagine ser refém de um único funcionário para saber como anda determinado setor, como proceder ou como corrigir erros? Um enorme problema, não é?

Se essa pessoa não estiver presente, a fábrica praticamente fica parada por falta de alguém que consiga detalhar, com clareza, os processos, o tempo e a ordenação de cada etapa já estabelecida pelo roteiro.

Tornando essas informações mais acessíveis, é possível agir com mais rapidez, principalmente se for uma situação de urgência.

  1. Informações claras e fluidez na fábrica

Os processos e as instruções devem estar definidos de forma clara para que os funcionários não tenham dificuldade de executá-los. Assim, o operador responsável por cada setor estará ciente de qual sequência utilizar.

  1. Mais precisão em relatórios e cálculos

Organizando a linha de produção, você estará também organizando os cálculos com mais firmeza, além de facilitar a produção dos relatórios sobre os processos.

Outro ponto a favor é que, como esses relatórios terão detalhes sobre diferentes aspectos, como matéria-prima, mão de obra, duração de cada processo, entre outros, partindo de um estudo analítico desses dados, vai ser possível encontrar pontos que podem ser melhorados para reduzir os gastos da organização.

Ótimo, não?

  1. Mais facilidade para inserção de novas tecnologias

Entender que novas tecnologias são importantes para levar seu negócio ao topo é um ponto importante, até porque sabemos que coisas novas surgem o tempo todo e geralmente estão aí para otimizar algum aspecto.

Até por isso, conhecer bem a estrutura e a sequência dos processos da sua indústria vai aumentar a predisposição para se adaptar com mais naturalidade quando algo novo surgir.

Como desenvolver uma boa linha de produção?

Vamos entender melhor quais passos devem ser seguidos para uma linha de produção de sucesso?

  1. Planeje uma gestão eficiente

O primeiro passo é colocar tudo no papel. Planejar tudo nos mínimos detalhes é essencial para não se perder no meio do caminho. Esse plano deve incluir ações como:

  • Fazer a seleção dos melhores fornecedores do mercado.
  • Desenvolver cronogramas e metas para a equipe.
  • Planejar a comunicação entre equipes e setores.
  • Utilizar softwares de gerenciamento de forma inteligente para automatizar e otimizar os processos.
  • Definir mapeamento e gestão dos processos.
  • Acompanhar dados de performance e produtividade para identificar possíveis problemas ou falhas.
  • Aplicar logística na otimização da distribuição de recursos.
  1. Invista em boas máquina

A maquinaria deve ser de qualidade para não dar dor de cabeça. Afinal, você não quer ter prejuízo com máquinas defeituosas ou com curta vida útil, certo?

Invista um valor justo, não tenha medo de gastar um pouco mais, porque esse material é caro por si só, mas será a principal ferramenta para uma produção maior e em menos tempo.

  1. Tenha um layout de fábrica bem calculado

layout de fábrica é uma representação gráfica do chão de fábrica, ou seja, uma planta.

O objetivo desse planejamento de chão de fábrica é organizar o espaço físico de toda a área da fábrica, posicionando os equipamentos e postos de trabalho de forma a obter maior eficiência e segurança no processo de fabricação do seu produto, além de reduzir o tempo gasto com transporte e movimentação na área.

  1. Flexibilize o trabalho

Imagine o quão desmotivador é fazer o mesmo movimento o dia todo.

Pense também sobre a motivação dos operadores da fábrica. Deixe a rotina deles mais dinâmica para que possam se sentir confortáveis e animados com os resultados, além de contribuírem com soluções que melhorem o desempenho da produção.

Isso em uma empresa é muito importante, levando em consideração que é possível formar um ambiente de trabalho mais produtivo para o negócio e mais motivador para os colaboradores.


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Como ler rótulo de alimentos e quais os benefícios dessa prática

Como ler rótulo de alimentos e quais os benefícios dessa prática

A maioria das pessoas pensa que está fazendo dieta da maneira correta, sendo saudável, mas não tem o hábito, e nem mesmo sabe, como ler rótulo de alimentos.

Você sabe?

Mesmo que a resposta seja “sim”, continue lendo esse texto, pois você pode estar errado.

Isso porque muitas pessoas, quando consultam o rótulo, acham que apenas conferir o número de calorias basta para saber se o alimento é saudável ou não.

Hoje vamos ensinar como ler rótulo de alimentos e a importância de entender o que cada informação significa. Há muita informação escondida nos rótulos que podem prejudicar sua dieta ou até mesmo sua saúde

O rótulo é a maneira mais segura de você saber o que realmente está consumindo quando compra algo no supermercado. Ignorar esses dados pode levá-lo a comprar algo que não é tão saudável quanto parece.

Com o passar do tempo, as informações dos rótulos vêm sendo aprimoradas para serem cada vez mais claras e sinceras para o público. As empresas são, inclusive, obrigadas a informar o uso de ingredientes alergênicos em suas fórmulas.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa é a responsável por regulamentar e fiscalizar esse setor de informações das embalagens, através da resolução RDC 360/03 – Regulamento Técnico  sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados.

Após ler este post, você com certeza ficará mais atento, pois saberá como ler rótulo de alimentos da maneira certa. Vamos lá?

Como ler rótulo de alimentos: vamos por partes!

Primeiramente, vamos esclarecer alguns itens que precisam estar obrigatoriamente nessa lista informativa. Veja abaixo!

  • Lista de ingredientes/valor nutricional: sempre organizada por ordem decrescente, ou seja, isso quer dizer que o primeiro ingrediente é o que predomina, está em maior quantidade na formulação do produto e o último, consequentemente, é o que está em menor quantidade.
  • Nível de processamento: informa se o produto passou por muitas ou poucas etapas de processamento.
  • Identificação de origem: informações sobre o fabricante do produto e onde esse produto foi fabricado.
  • Prazo de validade: mostra até quando o produto será próprio para consumo (margem de segurança).
  • Conteúdo líquido: quantidade real de produto dentro da embalagem.
  • Lote: forma de controle da produção, caso haja algum problema com o produto.

Agora vamos falar mais especificamente sobre alguns desses tópicos.

Lista de ingredientes/valor nutricional

Vamos entender melhor e separadamente os componentes da tabela de informação nutricional.

Valor energético

Conhecido carinhosamente como calorias (kcal) por quem faz dieta, representa a energia que nosso corpo vai adquirir com o consumo daquele alimento.

Pode também ser representado como quilojoules (kJ), em que 1 kcal = 4,2 kJ. O valor indicado para um adulto saudável é uma média de 2000 calorias diárias.

Carboidratos

Fontes de energia que são estocadas em forma de gordura no corpo quando não são consumidas pelo organismo. São encontrados em pães, doces, massas e farinhas em geral. A quantidade indicada para consumo diário é de 300 g.

Proteínas

Auxiliam na saúde de tecidos, órgãos e células, conservando-os e construindo-os. Se consumido da forma correta, ajuda na sensação de saciedade e também na saúde do corpo.

Presente em carnes, lácteos e leguminosas, como feijão, soja, grão de bico etc. O ideal de consumo para o corpo é de 75 g diárias.

Gorduras totais

Altamente energéticas e colaboram no transporte das vitaminas A, D, E e K. Representam a soma de todos os tipos de gorduras: poliinsaturadas, monoinsaturadas, saturadas e trans. Assim deve-se ter cuidado, pois o consumo em excesso provoca aumento de peso.

Gorduras saturadas

Encontradas em produtos de origem animal, devem ser consumidas com moderação, pois, em excesso, podem provocar doenças cardiovasculares.

Gordura trans

Gorduras trans ou ácidos graxos trans estão presentes em produtos industrializados, que são produzidos à base de gordura vegetal hidrogenada.

Não colabora em nada com a saúde, portanto, fique de olho nesse item, que pode aumentar as chances de doenças cardiovasculares. Segundo a Anvisa, o consumo diário dessa gordura não deve ultrapassar 2 g.

Fibra alimentar

Conjunto de substâncias essenciais para a manutenção e o bom funcionamento do organismo.

Controla as taxas de glicemia e colesterol, o funcionamento do intestino e promove maior sensação de saciedade.

Presente, por exemplo, em alimentos integrais, feijões e frutas. A quantidade diária recomendada é de 25 mg.

Sódio

Importante para regulação hídrica e funcionamento adequado do cérebro, mas em exagero acaba provocando pressão arterial elevada e retenção de líquidos.

Muitas pessoas o associam somente ao sal de cozinha, mas está presente em diversos alimentos, principalmente os industrializados e até mesmo doces, daí a importância de observar o valor nos rótulos.

A quantidade diária deve ser de 2400 mg.

Porção e medida caseira

Porção é a quantidade de alimento que deve ser consumida considerando uma dieta saudável.

Essas quantidades foram definidas levando em consideração o hábito do brasileiro. Indicado por gramas (g) ou mililitros (ml).

Cuidado e atenção ao observar esse item, pois os dados do rótulo são para uma porção, e não para o produto como um todo.

A medida caseira traz essa quantidade para uma linguagem mais simples de o consumidor entender, utilizando a simulação com utensílios que ele possa usar em casa, como fatias, unidades, pote, xícaras, copos e colheres de sopa.

Valores diários (%VD)

É um número com medida percentual que indica o quanto o produto em questão apresenta de energia e nutrientes em relação a uma dieta de 2000 calorias, na qual cada nutriente apresenta um valor diferente para se calcular a %VD.

Devemos destacar que as necessidades diárias variam com a idade, com a prática de exercícios físicos e com o estado de saúde de cada pessoa.

Isso significa que a quantidade de necessidades diárias deve ser avaliada individualmente com a ajuda de um nutricionista, sendo assim, 2000 calorias não é um padrão para todas as pessoas.

Glúten

É muito comum observar a informação “contém glúten” ou “não contém glúten” nos rótulos dos produtos industrializados.

Esse componente é uma proteína mais encontrada em cereais, como trigo, centeio ou cevada.

Quando misturado em água, o glúten é o responsável por dar consistência flexível e semelhante à cola, aspecto da massa criada com farinha de trigo.

Como existem pessoas intolerantes a esse componente, é necessário que as indústrias acrescentem essa informação, pois os doentes celíacos, como são chamados, podem apresentar diarreia, dor e inchaço abdominal após o consumo desses itens.

De qualquer forma, mesmo para quem não é intolerante a este componente, evitar o consumo de alimentos com glúten apresenta benefícios para a saúde, pois faz com que a pessoa se torne mais saudável e melhora o funcionamento do organismo.


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Layout de fábrica: como deve ser o de uma indústria alimentícia

Sabemos que, em qualquer indústria, a relação entre tempo e produção precisa ser a mais otimizada possível, proporcionando lucro sem perder a qualidade dos produtos. Mas você sabe como o layout de fábrica pode interferir nisso?

Para entender melhor como esse aspecto da produção funciona, é preciso compreendê-lo melhor e saber qual a importância dele para o seu negócio.

Se você quer saber mais, acompanhe a seguir.

O que é o layout de fábrica?

Como sabemos, a capacidade de produção de qualquer fábrica leva em conta o tempo de produção.

Isso significa levar em conta até mesmo o tempo gasto nas menores atividades, como limpeza, troca de materiais, movimentação de funcionários, entre outros aspectos.

Pode parecer algo não tão importante quando citamos essas situações pequenas, mas se não forem planejadas, o tempo gasto com elas ao fim de tudo será considerável se pensarmos que, quanto mais rápida a produção, maior o aproveitamento da fábrica.

layout de fábrica, de produção, ou ainda, o arranjo físico, é uma representação gráfica do chão de fábrica, uma planta.

É uma técnica de planejamento para definir a distribuição e a fluidez de processos na produção.

O objetivo desse planejamento é organizar o espaço físico de toda a área da fábrica, localizando os equipamentos e postos de trabalho de forma a obter maior eficiência e segurança no processo de fabricação do seu produto.

Importância de adotar um bom layout

“Mas por que isso vai ser importante para minha indústria de alimentos?”, você pode estar se perguntando.

Pois bem, isso tem importância máxima!

Ainda mais quando falamos em matérias-primas que se tornarão alimento para tantas pessoas. Ter rapidez e qualidade em todo o processo de produção é o que garante um alimento saudável para consumo.

Segundo o Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, um layout inadequado desperdiça 30% do tempo destinado a uma produção só com transporte de materiais e produtos. Isso é muita coisa!

Um empresário da indústria de alimentos deve sempre ter em mente que qualquer dano em seus produtos pode causar mal à saúde dos consumidores, o que é uma questão bem delicada e pela qual você com certeza não quer passar, certo?

Nesse caso, um layout de fábrica que coloca as máquinas próximas e facilita o deslocamento auxilia em diversos fatores.

Desde a fluidez da produção, evitando desperdício, perdas de matérias-primas e da qualidade de manuseamento dos produtos, até a facilitação do controle de qualidade da produção como um todo.

Isso significa preparar uma boa organização sanitária para evitar contaminações e auxiliar ainda no planejamento das partes elétrica e hidráulica.

Como definir o layout de fábrica

O planejamento dessa disposição vai depender muito de fatores relativos ao que você está fabricando. Os principais são:

  • tipo de produto;
  • variedade de produto;
  • quantidade de produtos.

Isso pode ser enquadrado em 4 tipos de layout de fábrica:

Layout de produto – Disposição em linha na produção de itens semelhantes, onde as máquinas são configuradas para atender a determinadas características.

Layout de processos – Máquinas são agrupadas e dispostas de acordo com o processo específico, facilitando a utilização dos equipamentos.

Layout celular – A produção é dividida por pequenas “células”, ou seja, setores responsáveis por diferentes funções, formando pequenas fábricas dentro da fábrica. Nesse caso, a colaboração e a eficiência dos funcionários é essencial.

Layout posicional – Quando o produto fica em uma mesma posição e máquinas e operadores realizam as atividades em volta dele.

Uma boa metodologia para começar esse planejamento é pensar, com lápis e papel em mãos, a posição dos seguintes aspectos e fluxos:

  • entrada de matérias-primas e ingredientes;
  • entrada de pessoal;
  • entrada de embalagens;
  • entrada de produtos químicos;
  • entrada de produtos finalizados;
  • saída de lixo;
  • saída de pessoal.

As características de cada ambiente também precisam ser avaliadas nessa divisão, por exemplo:

  • O armazenamento das matérias-primas será em um local com temperatura ambiente ou controlada?
  • Como será o espaço de armazenamento de embalagens (sejam primárias ou secundárias)?
  • Onde será feito o descarte de embalagens secundárias?
  • Onde será feita a higienização das embalagens primárias? Como esse local vai se adequar melhor a essa função?
  • Como planejar a higienização dos utensílios de forma a separar os sujos dos limpos?
  • Em que posição ficará o armazenamento de lixo para que não comprometa a produção?
  • Como será o espaço dedicado ao armazenamento dos produtos prontos? Terá temperatura controlada?

Após desenhar a localização de cada item, trace o trajeto de cada atividade.

O ideal é que o transporte e os fluxos dentro da produção não se cruzem, evitando acidentes e outros problemas. Onde tiver cruzamento intenso, é preciso encontrar uma solução.

Para isso, algo que ajuda é levar em conta os horários em que cada atividade vai ocorrer. Tudo deve ser planejado de acordo com esse objetivo de não se cruzarem, ou seja, devem funcionar de forma alternada.

Um layout de fábrica adequado às normas

Como acontece com grande parte dos processos que envolvem a indústria, existe uma norma que regulamenta o layout de fábrica.

A chamada Norma Reguladora NR-12 Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, rege normas de “referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos”.

Dentre alguns dos itens presentes nesta norma, estão especificadas questões sobre:

  • arranjo físico e instalações;
  • áreas de circulação e suas principais vias;
  • distância entre máquinas;
  • transporte e movimentação.

Essas são algumas dicas básicas sobre como o layout de fábrica influencia a produtividade da empresa.

Podemos concluir que pensar a fluidez dos processos garante segurança não apenas para os funcionários que vão estar ali rotineiramente, mas para o consumidor que preza por um bom alimento e até mesmo para o próprio empresário, no sentido de se resguardar de problemas e dores de cabeça.


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O que faz um Engenheiro de Alimentos e qual sua importância?

Você talvez nunca tenha ouvido falar sobre o que faz um engenheiro de alimentos, mas tudo o que você come passou, em algum momento, pelas mãos desse profissional, sabia?

A pipoca de micro-ondas, o presunto daquele sanduíche caprichado, a lasanha congelada do almoço, o suco de caixinha… Se isso tudo chegou com qualidade à sua mesa, saiba que foi, em grande parte, por responsabilidade do engenheiro de alimentos.

Vamos então saber um pouco mais sobre como funciona o trabalho dele e por que, afinal, é tão importante assim?

O que faz um engenheiro de alimentos?

O engenheiro de alimentos tem ganhado posição de destaque nas últimas décadas e é responsável basicamente por todos os processos da indústria de alimentos.

Ele participa desde o início, da pesquisa para novos produtos e seus ingredientes, até a definição das embalagens e armazenagem desses alimentos industrializados prontos.

Ele seleciona a matéria-prima, por exemplo, leite, carnes, peixes, legumes e frutas, definindo, a partir daí, a melhor forma de armazenagem, acondicionamento e preservação dos produtos, projetando embalagens adequadas.

Esse profissional também define e fiscaliza os padrões de controle de qualidade da indústria, testa produtos (cor, sabor, consistência), cria e testa formulações, com o objetivo de determinar o valor nutricional de alimentos produzidos, e até desenvolve novos equipamentos para o mercado.

Ele ainda coordena análises realizadas em laboratórios, organizando os métodos e sistemas utilizados para garantir a qualidade das matérias-primas e dos produtos já processados.

Além disso, também é função desse engenheiro ficar ligado nas legislações vigentes a respeito de embalagens e da quantidade de substâncias (nocivas ou não) permitidas em determinado produto.

Com relação a questões de proteção ao meio ambiente e sustentabilidade, o engenheiro de alimentos é responsável por definir métodos de tratamento de resíduos.

Ele define o que pode ser descartado e de que maneira, e também o que pode ser reciclado ou reaproveitado na indústria alimentícia.

Simplificando

O profissional de engenharia de alimentos trabalha nas seguintes áreas:

  • indústria de produtos alimentícios;
  • indústria de insumos para processos e produtos (matérias-primas, equipamentos, embalagens, aditivos);
  • empresas de serviços;
  • órgãos e instituições públicas.

E atua nas seguintes funções:

  • Armazenamento e transporte
    O engenheiro de alimentos pode atuar na supervisão e na definição de uma espécie de “controle de qualidade” do transporte e do armazenamento dos produtos.
  • Automação de processos
    Pode também atuar planejando e implantando máquinas que otimizem ou busquem automatizar alguns processos na linha de produção, inclusive na produção toda, se for o caso.
  • Consultoria
    Com o objetivo de que todos os alimentos sigam um padrão e que nada fuja do estipulado e bagunce a produção toda, o engenheiro de alimentos define, agora sim, um controle de qualidade para tudo o que acontece na produção desses alimentos. Além de definir, também fiscaliza cada detalhe.
  • Pesquisa
    Neste setor, esse profissional fica responsável por buscar melhorias, seja nas técnicas de produção ou em itens, como a embalagem. Nem é preciso dizer que essas pesquisas estão sempre voltadas para a tendência do mercado, certo? Afinal, estar por dentro das novidades é essencial no cenário industrial competitivo atual.
  • Planejamento e projetos
    O engenheiro de alimentos também pode atuar no planejamento das construções de novas instalações da indústria alimentícia, como uma estação de tratamento de resíduos, por exemplo.Para isso, deve se atentar ao dinheiro a ser investido e verificar se o mercado/a empresa precisa daquilo para que o gasto não seja em vão.
  • Produção
    Outro trabalho para esses profissionais na área de tratamento de resíduos é achar maneiras de reaproveitar a matéria-prima que sobrou. E, se não for possível reaproveitá-la, achar formas de diminuir o volume de lixo produzido e o impacto ambiental causado pela produção.
  • Marketing e vendas
    O engenheiro de alimentos pode atuar na venda dos itens produzidos e na elaboração de estratégias para vender e lucrar mais, além de buscar os fornecedores de matéria-prima e de equipamentos de produção com mais vantagens e qualidade.
  • Área acadêmica
    Se o profissional tem vontade de ensinar os conhecimentos adquiridos em pesquisas ou até mesmo no mercado de trabalho, além de também se dedicar à pesquisa e ao desenvolvimento em instituições e universidades, ele pode seguir a carreira acadêmica.
    Para isso, será necessário uma pós-graduação, um mestrado ou até mesmo um doutorado, dependendo do cargo e da instituição.
    Como pudemos observar, a indústria é o setor que mais envolve as funções nas quais o engenheiro de alimentos pode atuar, porém não é a única, o que significa que há um bom campo de trabalho para quem tem interesse em seguir essa carreira.

Perfil do profissional e mercado atual

O profissional de Engenharia de Alimentos precisa ter muita responsabilidade, postura ética e ter gosto por processos produtivos, compreendendo que a qualidade na manipulação de alimentos pode influenciar a saúde e a vida dos consumidores.

Ele precisa ter uma visão sustentável e de desenvolvimento, buscando soluções que agreguem valor e lucro à empresa, de forma simultânea.

Nesse sentido, ter interesse pela área de Ciência e Tecnologia é um ponto superpositivo, pois esse profissional deve estar constantemente buscando por inovações nessa área.

Além disso, as normas necessárias para manter a empresa em funcionamento legal devem ser sempre motivo de atenção, principalmente em caso de mudanças, para que a parte burocrática esteja também em conformidade com o exigido.

O cenário de consumo de alimentos tem cada vez mais se aproximado da indústria, pois as pessoas estão consumindo cada vez mais comida industrializada, mas, ao mesmo tempo, querem um alimento que inclua bons nutrientes, o que aumenta a oferta de emprego para o engenheiro de alimentos.

A busca pela praticidade e as mudanças nos hábitos alimentares das pessoas criam consequentemente um terreno favorável para quem está buscando emprego nesse setor, já que profissionais especializados são essenciais.

Fora das indústrias, esse profissional também tem ganhado espaço em restaurantes, distribuidoras de alimentos, bebidas e redes de lanchonetes.

Assim, podemos perceber que o engenheiro de alimentos tem hoje um importante papel nas indústrias da área alimentícia e sua formação o capacita a assumir posicionamentos fundamentais para a continuidade das atividades dentro e fora da produção.


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Reaproveitamento de alimentos: como ele pode aumentar seu lucro

É comum que muitas pessoas torçam o nariz e se posicionem de forma preconceituosa diante da palavra ‘restos’. Principalmente se ela for associada à ideia de reaproveitamento de alimentos.

Associamos ‘restos’ a ‘lixo’ e somos levados a pensar que lixo é entulho, tudo aquilo que não presta, coisa inútil, sujeira. Entretanto, essa é uma ideia completamente equivocada nos dias de hoje, em que tanto se fala em meio ambiente.

Isso porque estamos em uma era em que a sustentabilidade ganha força e espaço nas empresas e na vida do consumidor, que está cada vez mais exigente e preocupado com a própria saúde e, portanto, analisa, nos mínimos detalhes, a origem do que compra no supermercado.

O desperdício de alimentos, que acontece ainda em grande escala, causa enorme impacto na sociedade e no meio ambiente. As perdas disso podem ser observadas em toda a cadeia produtiva.

Isso estabelece claramente uma necessidade de aproveitamento dos alimentos de maneira integral e a possibilidade de manutenção do consumo habitual com utilização de resíduos para novos produtos alimentícios.

desperdício acontece em todas as etapas da cadeia produtiva no Brasil, ou seja, desde a colheita até o consumo nas residências.

Não é de hoje que estudos comprovam a possibilidade de aproveitar resíduos industriais para a fabricação de alimentos baratos e de qualidade.

É importante ressaltarmos que não se deve fazer confusão com reaproveitamento e reprocessamento, pois são processos bem diferentes.

O reprocessamento é a reutilização de produtos já industrializados, ao passo que o reaproveitamento, do qual estamos falando, trata de reutilização de matérias-primas em bom estado de conservação.

Buscar formas de reaproveitamento de alimentos com base em resíduos de indústrias já significa resolver duas questões de uma vez só, considerando que isso, além de fazer bem ao meio ambiente, evitando que materiais sejam descartados de maneira indevida, também fornece uma possibilidade para a empresa ao produzir novos produtos.

De que forma o reaproveitamento de alimentos pode ser aplicado?

O reaproveitamento de alimentos, utilizado de forma sustentável, reduz a produção de lixo orgânico, prolonga a vida útil do alimento, promove a segurança alimentar e beneficia a renda familiar.

E se você acha que não é possível, existem diversas formas de aproveitar alimentos para fazer outras receitas igualmente saborosas.

A elaboração de bolos, geleias, doces, pães, entre outros, a partir do aproveitamento dos resíduos alimentares, tem se tornado uma ótima alternativa para evitar o desperdício e enriquecer nutricionalmente os alimentos.

Isso é de suma importância, pois as partes consideradas usualmente não consumíveis e que são descartadas também apresentam valor nutricional relevante.

O reaproveitamento de alimentos, como frutas e hortaliças (polpa, cascas, talos e folhas), pode ser utilizado na elaboração de novos produtos. É uma alternativa tecnológica limpa que está ao alcance de todos, pois pode ser aplicada tanto no ambiente industrial como residencial.

Confira abaixo os alimentos que podem ser aproveitados integralmente

  • Folhas de: cenoura, beterraba, batata-doce, nabo, couve-flor, abóbora, mostarda, hortelã e rabanete.
  • Cascas de: batata inglesa, banana, tangerina, laranja, mamão, pepino, maçã, abacaxi, berinjela, beterraba, melão, maracujá, goiaba, manga e abóbora.
  • Talos de: couve-flor, brócolis, beterraba.
  • Entrecascas de: melancia e maracujá.
  • Sementes de: abóbora, melão e jaca.
  • Nata.
  • Pão amanhecido.
  • Pés e pescoço de galinha.
  • Tutano de boi.

Veja o que dá pra fazer com sobras em boas condições

  • Carne assada: croquete, omelete, tortas, recheios etc.
  • Carne moída: croquete, recheio de panqueca e bolo salgado.
  • Arroz: bolinho, arroz de forno, risotos.
  • Macarrão: salada ou misturado com ovos batidos.
  • Hortaliças: farofa, panquecas, sopas, purês.
  • Peixes e frango: suflê, risoto, bolo salgado.
  • Aparas de carne: molhos, sopas, croquetes e recheios.
  • Feijão: tutu, feijão tropeiro, virado e bolinhos.
  • Pão: pudim, torradas, farinha de rosca, rabanada.
  • Frutas maduras: doces, bolo, sucos, vitaminas, geleia.
  • Leite talhado: doce de leite.

Além disso, outra opção é fazer renda utilizando restos de alimentos para fazer adubo, investindo em um setor de tratamento na sua indústria.

Nessa alternativa, obtém-se o fertilizante natural pela compostagem, tratamento biológico no qual os micro-organismos fazem a decomposição dos resíduos orgânicos.

Esse processo de compostagem, conhecido também como o processo de reciclagem do lixo orgânico, transforma a matéria orgânica encontrada no lixo em adubo natural, que pode ser usado na agricultura, em jardins e plantas, substituindo o uso de produtos químicos.

Cuidados ao reaproveitar alimentos

Fazer uso de um processo de reaproveitamento de alimentos, como vimos, é possível para várias situações. Mas exige também muito cuidado.

Além da garantia nutricional e tecnológica dos alimentos quando feitos para consumo, faz-se necessário garantir a qualidade biológica e sanitária.

Os alimentos devem ter a garantia de serem seguros para o consumo e não devem apresentar agentes contaminantes de natureza biológica, física, química ou outros perigos que comprometam a saúde da população, lembrando que as doenças transmitidas por alimentos são problemas de saúde pública.

Para isso, é fundamental investir em controle de qualidade e estar com as normas e certificações da empresa em dia.

Para a produção de adubo através de compostagem, existem regras especialmente definidas pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA através da Resolução N° 481.

Seguindo essa normatização, as empresas poderão obter lucro. Isso considerando-se que a compostagem que gera o adubo é um método simples e econômico e que não demanda alto investimento para ser implantado.

As empresas devem ter um local físico dedicado à compostagem e assim podem produzir o adubo de reaproveitamento de alimentos com relativa facilidade.

Essa atividade tem ainda uma vantagem econômica adicional. A reciclagem das sobras alimentícias não passa por nenhum tratamento industrial, o que significa mais economia.

O tratamento biológico dos resíduos orgânicos evita que as sobras sejam descartadas incorretamente, diminuindo o impacto ambiental.

Essas são formas de adotar uma produção sustentável, que é uma tendência cada vez mais forte no mercado em virtude das preocupações ambientais do planeta que são tão importantes e estão em constante debate.


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Engenharia de Alimentos: por que ela é essencial no ramo alimentício

A engenharia de alimentos está presente em nossa rotina, ainda que você nunca tenha ouvido falar sobre ela ou sobre o profissional dessa área.

Como isso é possível? Pense, por exemplo, naqueles pratos prontos e alimentos congelados que você compra para aqueles dias em que bate uma preguiça de cozinhar ou em que é preciso algo mais prático e rápido para o almoço.

Já imaginou como é o processo de fabricação, embalagem, transporte e conservação desses produtos para que cheguem em bom estado até sua casa? Como é possível toda essa praticidade e, ainda, livre de contaminações?

Se consumimos alimentos de qualidade, é tudo graças à Engenharia de Alimentos, responsável por cuidar das etapas de preparo e conservação de alimentos de origem animal e vegetal.

Neste post, vamos entender melhor a importância dessa função para o setor da indústria alimentícia. Continue lendo para saber mais.

O que é a engenharia de alimentos afinal?

A engenharia de alimentos nada mais é do que um campo bem abrangente da área que envolve a tecnologia de alimentos e que se baseia em diversas disciplinas das ciências da alimentação, agricultura, microbiologia, química e engenharia.

Por englobar todos os elementos relacionados à industrialização de alimentos, essa engenharia potencializa o desenvolvimento deste ramo em todos os níveis possíveis.

Ou seja, na formação de profissionais, no subsídio à elaboração de políticas, nos projetos de pesquisa, na atuação dentro das empresas do setor (como na colaboração à preservação da saúde pública), e com relação à normatização técnica, orientação e fiscalização.

É um setor que funciona através da utilização de métodos de cuidadosa investigação, equipamentos de alta tecnologia e processos sofisticados.

Ele abrange desde a aquisição de matérias-primas alimentares para transformá-las em produtos até o desenvolvimento de métodos de preservação de alimentos, embalagem e envio dos produtos alimentares ao mercado consumidor.

Consequentemente, um dos principais objetivos da engenharia de alimentos é produzir alimentos de qualidade, seguros e nutritivos destinados ao consumo humano e animal.

As matérias-primas de alta qualidade são manipuladas e tratadas pelos equipamentos especiais computadorizados em plantas de processamento de alimentos.

O tratamento inclui a extração, a separação e a mistura dos ingredientes para a fabricação de diferentes produtos alimentares.

O que faz o profissional desse ramo?

O engenheiro de alimentos é responsável por promover a segurança alimentar. É ele quem cuida de todas as etapas de preparo e conservação de alimentos de origem animal e vegetal.

Ele seleciona a matéria-prima, por exemplo, leite, carnes, peixes, legumes e frutas, definindo, a partir daí, a melhor forma de armazenagem, acondicionamento e preservação dos produtos, projetando embalagens adequadas.

Além disso, ele também cria e testa formulações com o objetivo de determinar o valor nutricional de alimentos produzidos na indústria, assim como o sabor, a cor e a consistência destes. A indústria alimentícia é seu principal campo de atuação.

Porém não é o único, pois ele pode ainda trabalhar em outros tipos de indústrias, como as fornecedoras de equipamentos, embalagens e aditivos. Para isso, ele utiliza seus conhecimentos adquiridos em química, biologia, física e os métodos matemáticos.

Ele é responsável pelas máquinas envolvidas no processamento dos alimentos, o que torna seu trabalho diferente de um nutricionista, por exemplo, ainda que sejam áreas que devem atuar em conjunto.

Em resumo, o profissional formado em Engenharia de Alimentos pode atuar nas áreas de automação de processos, pesquisa e desenvolvimento, produção, controle de qualidade, projetos agroindustriais e tratamento de resíduos.

Estes resíduos em questão são resultado de vários processos no âmbito da Engenharia de Alimentos. A gestão dos mesmos, de forma eficiente e que respeite o ambiente, também é um aspecto importante para esse ramo.

As indústrias também são uma preocupação nesse sentido. Os engenheiros de alimentos buscam sempre o aperfeiçoamento de produtos farmacêuticos e produtos alimentares nutritivos que vão beneficiar os consumidores finais.

Simplificando

O profissional de Engenharia de Alimentos trabalha nas seguintes áreas:

  • Indústria de produtos alimentícios
  • Indústria de insumos para processos e produtos (matérias-primas, equipamentos, embalagens, aditivos)
  • Empresas de serviços
  • Órgãos e instituições públicas

Atuando nas seguintes funções:

  • Produção/processos – Racionalização e melhoria de processos e fluxos produtivos para incremento da qualidade e produtividade e para redução dos custos industriais.
  • Garantia de qualidade – Determinação dos padrões de qualidade para os processos (desde a matéria-prima até o transporte do produto final), planejamento e implantação de estruturas para análise e monitoramento destes processos, e treinamento de pessoal para prática da qualidade como rotina operacional.

A importância da Engenharia de Alimentos

Como é possível notar com base no que foi dito acima, além de promover e assegurar a segurança alimentar nas indústrias e no comércio alimentício, a Engenharia de Alimentos também promove o desenvolvimento e o crescimento das tecnologias desse domínio.

A busca por mais precisão na qualidade e o combate a qualquer tipo de contaminação ao qual estamos expostos são grandes motores que impulsionam esse avanço ao longo dos anos.

Se considerarmos, por exemplo, a produção de alimentos geneticamente modificados ou transgênicos, podemos afirmar que essa prática requer várias características determinadas, sendo impulsionada pela Engenharia de Alimentos.

As ditas importantes pesquisas, nesse sentido, estão se tornando cada vez mais avançadas, principalmente se considerarmos que os alimentos produzidos em laboratório apresentam mais benefícios à saúde humana.

Uma boa forma de exemplificar esse argumento seria usar ingredientes enriquecidos com vitaminas na fabricação dos produtos alimentícios mais consumidos pela população, como pães, achocolatados, leite em pó, entre outros.

Legumes e frutas também podem ser modificados em laboratório, com base na ciência e nas atribuições da Engenharia de Alimentos.

Por fim, como é um setor que está em constante desenvolvimento e que também é tão necessário – afinal a alimentação é parte de nossas vidas – configura-se como uma área de ascensão e que terá um mercado bem movimentado nos próximos anos.


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